O que acontece, na verdade, é que as pessoas não reconhecem seu próprio preconceito, acreditam ser cidadãos totalmente livres de qualquer preconceito, o que muitas vezes não ocorre. Quantas vezes você já não deixou de colaborar com o velhinho cego do ônibus ou com o menino faminto na rua, ambos negros, e foi doar seu rico dinheirinho para ajudar uma campanha para salvar o menino branco, que estava doente?
Apesar de parecerem coisas diferentes, a única diferença é a cor da pele. Esse tipo de preconceito vem mascarado por desculpas de que o velhinho estava fingindo ser cego ou que o menino ia usar o dinheiro para comprar drogas. A verdade é que por um motivo incrivelmente sem importância, a criança branca, de família de classe média, mas que não tem dinheiro suficiente para pagar o tratamento caro, acaba inspirando mais confiança e comovendo mais as pessoas. Mas afinal, por que a criança haveria de ser diferente do menino negro ou do velhinho?
Podemos então concluir que o racismo é uma questão que deve ser combatida por cada um.
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